O capitalismo tem legiões de defensores. Muitos o fazem de boa vontade, produto de sua ignorância e pelo fato de que, como dizia Marx, o sistema é opaco e sua natureza exploradora e predatória não é evidente ante os olhos de homens e mulheres. Outros o defendem porque são seus grandes beneficiários e amassam enormes fortunas, graças às suas injustiças e iniquidades.
O capitalismo gera a miséria de muitos e a riqueza de poucos, uma vez que a riqueza fica acumulada na mão desses poucos.
Apresento dados os quais mostram a realidade do capitalismo na população mundial.
População mundial: 6,8 bilhões, dos quais:
1,02 bilhão têm desnutrição crônica
2 bilhões não têm acesso a medicamentos (www.fic.nih.gov)
884 milhões não têm acesso a água potável (OMS/UNICEF 2008)
924 milhões de "sem teto" ou que vivem em moradias precárias (UN Habitat 2003)
1, 6 bilhão não tem eletricidade (UN Habitat, “Urban Energy”)
2,5 bilhões não tem acesso a saneamento básico e esgotos (OMS/UNICEF 2008)
774 milhões de adultos são analfabetos (www.uis.unesco.org)
18 milhões de mortes por ano devido à pobreza, a maioria delas de crianças com menos de 5 anos (OMS)
218 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos, trabalham em condições de escravidão ou em tarefas perigosas ou humilhantes, como soldados, prostitutas, serventes na agricultura, na construção civil ou na indústria têxtil (OIT: A Eliminação do Trabalho Infantil: Um Objetivo a Nosso Alcance, 2006)
Sabemos desde Marx que a miséria é o produto mais genuíno do capitalismo. Marx diz que a lei geral da acumulação capitalista implica necessariamente, ao lado da acumulação da riqueza nas mãos de cada vez menos ricos, a generalização da miséria entre os povos do mundo todo. Característica intrínseca ao modo de produção capitalista que vemos hoje se materializar diante de nossos olhos.
Diz Marx que a lei geral da acumulação capitalista “(...) ocasiona uma acumulação de miséria correspondente à acumulação de capital. A acumulação da riqueza num pólo é, portanto, ao mesmo tempo, a acumulação de miséria, tormento de trabalho, escravidão, ignorância, brutalização e degradação moral no pólo oposto.” (K. Marx, O Capital, Livro II, Capítulo XXIII, Abril Cultural, 1984, p. 210).
A música Xibom Bombom faz uma critica ao capitalismo.
"Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Analisando essa cadeia hereditária
Quero me livrar dessa situação precária
Onde o rico cada vez fica mais rico
e o pobre cada vez fica mais pobre
E o motivo todo mundo já conhece,
E que o de cima sobe e o de baixo desce
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Mas eu só quero
Educar meus filhos
Tornar um cidadão
Com muita dignidade
Eu quero viver bem
Quero me alimentar
Com a grana que eu ganho
Não dá nem pra melar
E o motivo todo mundo já conhece
É que o de cima sobe e o de baixo desce."
Imagens: CAPB – Centro Acadêmico Pereira Barretto, http://capbunifesp.wordpress.com/charges-e-tirinhas/ Acesso em: 21/03/2014 às 16h 32 min.
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